CHIANG CHING
Sua ambição desmedida e a sua crueldade implacável na perseguição dos seus inimigos
pela sucessão de Mao Tsé-tung, tornaram-se marcas indeléveis do seu espírito.
Ainda muito jovem e para evitar ser morta, é acusada de trair o Juramento Comunista e
entregar todos o seus companheiros, incluindo o maior amor da sua vida; o
revolucionário marxista, YoQiwei. A acusação apenas é tornada pública, cinquenta anos
depois, já casada com Mao Zedong (Tsé-tung).
As suas ideias voltadas para o culto à personalidade de Mao Tsé-tung - aos moldes de
Lênin e Stálin - dão certo, a ponto de, em poucos meses, Mao se tornar uma nova
religião!
Pelas suas próprias palavras, “...a figura humana do Presidente desaparece para
surgir... a do ‘Buda’”!
Já como “Imperatriz”, na Cidade Proibida, sente-se incomodada pelo fato do Presidente
possuir amantes fixas e inúmeras virgens, altamente selecionadas entre simples
camponesas. Então ouve do seu principal aliado político, Camarada Kang Seng:
“Você é uma imperatriz e não outra vagina! Seu verdadeiro amor não é Mao, mas
o imperador cujas roupas ele veste!”.
Utilizou-se da “Guarda Vermelha”; constituída por jovens obcecados pelo seu
comando, os quais surravam pessoas até a morte, destruíam prédios e sequestravam
importantes líderes políticos do Comitê Central.
Documentos oficiais revelam que durante a Revolução Cultural, ela criou falsas provas,
mandou prender, torturar e matar inimigos indesejáveis. Dentre eles, muitos dos
maiores intelectuais da China moderna. Livros foram queimados aos milhares.
As perdas para as artes e para o mundo acadêmico – chinês e para a humanidade -
foram incomensuráveis.