É uma honra prefaciar esta obra, que ilumina a história2, em âmbito local, bem como dos municípios vizinhos e da região limítrofe ao estado paranaense com rara profundidade. Para mim, reveste-se de significado singular: nasci, cresci e laborei entre Garuva e Guaratuba, e em Itapoá passei verões dourados, entrelaçando-me às narrativas orais que reverberam nas vozes dos antigos. Conheço as tramas dessas terras, os fios invisíveis que ligam as gerações – os Miranda, Lara, Leite, Nunes da Silveira –, nomes que não apenas habitam páginas, mas que atuam na memória coletiva. Esta obra é, assim, um presente inestimável: um diálogo entre o rigor acadêmico e a poesia das raízes, onde o passado se faz verbo e o chão da história floresce em letras.