Desde Marx sabemos que a principal instituição responsável pela reprodução do capitalismo é o Estado. A repressão estatal é uma das principais formas que o aparato estatal utiliza para garantir a reprodução das relações de produção capitalistas. Essa função da repressão estatal é mais facilmente percebida nas épocas de tentativas de revoluções sociais, tal como se viu no caso dos vinte mil operários assassinados após a derrota da Comuna de Paris ou no caso do assassinato de Rosa Luxemburgo e diversos militantes durante a Revolução Alemã. A presente coletânea vem tratar da temática da repressão estatal e seu vínculo com o capitalismo, trazendo um conjunto de informações e reflexões sobre sua efetividade cotidiana na modernidade e, mais ainda, na atual fase do capitalismo. Assim, a violência estatal cotidiana é trabalhada e explicada, mostrando a ocorrência de várias formas de repressão, o processo de legitimação de seu uso, sua intensificação na contemporaneidade, entre outros processos relacionados.
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