O livro de Cristiane Pinheiro Santos Jacinto, abordando o tráfico atlântico e o interno de escravizados (este em suas diversas facetas: regional, provincial e local), buscando compreender o que era comum e próprio de cada um, se insere no campo da historiografia da escravidão no Brasil que, não faz tanto tempo assim, vem se dedicando ao estudo e compreensão dessas modalidades de comércio de gente escravizada. Seu estudo se inicia no chamado período colonial e adentra o século XIX, indo além das áreas geográficas já tradicionalmente associadas aos ditos estudos da escravidão e do tráfico no Brasil. Na história e historiografia do Maranhão ainda não existia, para a primeira metade do século XIX, uma contribuição neste sentido, voltada para a dinâmica do tráfico atlântico e interno, as experiências dos traficantes e dos traficados e seus impactos na sociedade e economia maranhense.