Os movimentos sociais em geral, mas falando também do movimento de travestis no Brasil de forma mais específica, se encaminham na disputa de um imaginário de estabilidade salvacionista, em que grupos marginalizados são alocados em lugares simbólicos de passividade. Nossos levantes são parte de uma produção alternativa que aponta não apenas para as respostas que damos para os processos de violência históricos, mas, e principalmente, para a proposição ativa de que o mundo foi e é sonhado, e que o mundo é coletivamente construído como uma possibilidade real de um caminho Outro a se seguir; um mundo que, diferente do que hegemonicamente se repete, não é universal nem se pretende hegemônico.
O que apresentamos neste livro é o terceiro capítulo da dissertação “Resistência Trans: Práticas sociais na construção da cidadania de travestis e transexuais na cidade do Recife”. Esse capítulo, intitulado “Luta e resistência”, delimita um referencial histórico que engloba os anos de 1990 a 2016, estabelecendo diálogos entre a pesquisa e outros estudos de mesma temática.
Lutar pela garantia de direitos é, sobretudo, uma construção histórica e social. Direitos não são simplesmente oferecidos: eles são conquistados por todas aquelas pessoas que, vivendo em situações de violação, invisibilidade, opressão e violência, intencionam uma nova realidade para suas vidas e para a sociedade.
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