'Não serei o poeta de um mundo caduco. Também não cantarei o mundo futuro. (...) O tempo é a minha matéria, do tempo presente, os homens presentes, a vida presente.' Os versos de Carlos Drummond de Andrade, no poema 'Mãos dadas', nos fazem refletir que, enquanto professores/pesquisadores da linguagem e do pensamento, se faz urgente e necessário propiciarmos métodos inovadores em nossa prática pedagógica. Durante séculos, o sistema educacional, sobretudo no Brasil, viveu sob o jugo da tradição estritamente formal, o que, a rigor, serviu para disseminar uma cultura do silêncio, cuja voz que se ouvia era apenas a do professor/doutrinador. Tais aspectos são comprovados no lento processo de inovação das universidades públicas, mesmo após a 'independência' do país em 1822, cujas ressonâncias opressoras ainda são ouvidas nos dias atuais. Mas, não somos professores/pesquisadores de um 'mundo caduco'. A escola do século XXI, deve procurar um constante diálogo com as novas demandas educacionais. Para tanto, é necessário promover formas interdisciplinares e olhares transversos voltados para o pleno aperfeiçoamento das habilidades dos/das educandos/as, e para isso, não é necessário 'fugir para as ilhas, nem ser raptado por serafins' (Drummond). São estes princípios que norteiam a obra, 'Ensino de línguas na contemporaneidade: Culturas, tecnologias e alteridades'. Cada pesquisador(a), em seu turno, propõe uma olhar diversificado para o ensino de línguas, em sintonia com as tendências atuais, com 'o tempo presente, os homens presentes, a vida presente', conforme diz Drummond. Profa. Dra. Edjane Gomes de Assis Universidade Federal da Paraíba, Campus I João Pessoa. ISBN: 9786580266180 AUTOR: Fábio Marques de Souza, Aluizio Lendl, José Veranildo Lopes da Costa Junior