Aleph é um memoriador — um humanoide sintético criado através de memórias humanas. Apesar de não ser, ele parece um humano. Tem mãos, braços, pernas, cabelos e usa roupas. Anda, fala e pensa mais ou menos como um. Na verdade, Aleph quase não vê diferença entre ele e seus criadores. Afinal, ele também já foi humano. Como suas consciências são adquiridas através de memórias, não há como separar o que os memoriadores foram do que são hoje. É como se sua parte humana nunca tivesse morrido. Para Aleph, isso é trivial. Já se foi o tempo que ele passava horas pensando em quem de fato era. Sua maior preocupação, hoje, está no presente, na sua função como Arqueólogo da Morte — um trabalho que o obriga a explorar cemitérios à procura de memórias humanas. Um dia, explorando um cemitério, Aleph pressente algo. Sente-se em perigo, como um animal sendo observado. Fantasmas? Tolice. A morte é o fim de tudo. No entanto, quando percebe que realmente não está só, ele foge sem terminar o que começou. Quando retorna, agora com uma escolta, ele explora cada canto do cemitério e então descobre porque ficou tão apavorado. Quem o observava era o passado.
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