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Percebi, após pesquisar exaustivamente tudo o que pude sobre Franz Kafka, que, na verdade, eu não o conhecia tão bem quanto pensava. Foi então que compreendi o quanto a visão de Walter Benjamin sobre Kafka era não apenas correta, mas também profética: Kafka escreve para as eras. O impacto inicial da leitura sobre a delicadeza da história da boneca viajante e a preocupação de Kafka com a menina que havia perdido seu brinquedo me levou a consultar as biografias do escritor tcheco que escrevia em alemão. E, de fato, confirmei a existência dessa situação prosaica e tocante. A partir disso, tirei duas conclusões preliminares: a primeira diz respeito à crítica mordaz de Kafka ao sistema de justiça, evidente em “O Processo”, e a uma crítica premonitória aos campos de concentração que surgiriam na Europa sob o regime nazista, como visto em “Na Colônia Penal”. A segunda conclusão se relaciona com a condição de saúde que vitimou Kafka, o que me fez lembrar de outro escritor alemão com raízes brasileiras: Thomas Mann, autor de A Montanha Mágica, assim como no caso do protagonista de sua obra, Hans Castorp, sofria de problemas pulmonares como Kafka, que também viveu períodos internado. Pouco tempo depois do episódio da boneca viajante, Kafka foi internado em um sanatório, onde viria a falecer.
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