“Permita que eu fale, não as minhas cicatrizes / Elas são coadjuvantes, não, melhor, figurantes”. Esses são versos da música AmarElo do rapper Emicida, onde ele trabalha a negritude exaltando nossas vivências e trabalhando a esperança de um dia melhor. Nossa cultura naturalizou que os corpos negres sejam somente sofredores que morrem no final ou que só conseguem ser minimamente bem-sucedidos quando ajudados por um branco. Ou os coadjuvantes que sempre são os mais carismáticos, mas que só estão na história como apoio de outro branco. Ou ainda, como frequentemente acontece, nem em cena estão. Associar algo à negritude era (e ainda é, para muitos) falar sobre algo ruim, triste, nojento, sujo, criminoso, medonho. O objetivo de juntar tantos autores, com tantas vivências e realidades diferentes, é mostrar que somos mais do que corpos e estatísticas. Ser negre é viver, amar, sorrir, chorar. Juntos, viemos mostrar que não somos nossas cicatrizes.
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