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Por que meu povo me vendeu?

Código: 217765 Marca: Série (Des)Construções

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O livro aborda muitos fatos ocorridos e jamais contados

Verificaremos que a cor negra nem sempre foi sinônimo de escravidão e o homem subjugando e ‘racializando’ o outro homem desde a época neolítica.

“Árabes escravizaram 11 milhões de africanos por 700 anos. Daí as etnias muçulmanas para cá vindas. Povos antes subjugados e religiosamente convertidos à força”

“Hebreus e cristãos foram escravagistas por legitimação bíblica. E a escravidão negra não deu-se por motivos raciais, mas espirituais”

“Africanos escravizaram africanos por interesses comerciais, diferenças étnicas e vaidade familiar”

“Houve escravidão ‘reversa’ na África; entre 1 e 1,25 milhão de brancos europeus foram subjugados por 300 anos; avançando pelo século XIX”

“O sonho de muitos escravos era possuir o seu próprio escravo, em detrimento das pessoais cartas de alforrias. Apenas no Nordeste identificou-se, em cartórios, mais de 600 escravos proprietários de escravos. Alguns ficaram muito ricos”

“Bizarros zoológicos humanos existiram na Europa até 1958”

Existem registros inatacáveis de escravidão na Mesoamérica pré-colombiana – pelas sociedades Maia, Astecas e Império Inca -, assim como, entre os Tehuelche da Patagônia, Comanche do Texas, Caraíbas da Dominica e até no seio dos românticos Rapa Nui, hoje em extinção – antigos habitantes da isolada Ilha de Páscoa.

Uma das teses apresentadas no livro, refere-se à imposição cultural presente na sociedade e, inicialmente, estudada por Sigmund Freud através dos seus tratados sobre ‘as multidões’ e ‘narcisismo das pequenas diferenças’. Assim, o autor defende que tal imperiosidade pode ser natural ou catalisada por comunicações orais ou midiáticas, através de processos cognitivos.

Considerando tal realidade, posiciona-se constrangedor admitir que ser escravagista e ou racista, não raro independe da legítima vontade pessoal do indivíduo ao constituir-se, em termos sociais, próxima do irremediável.