Neste livro a autora analisa duas obras de Graciliano Ramos: Vidas Secas e São Bernardo. O mando é visto como sinônimo de autoridade, comando direto, domínio, ordem, poder e soberania. Na primeira obra, tem-se o mando abstrato e social. Esse mando se operacionaliza sob a perspectiva do oprimido e seu aparente conformismo do retirante é subjugado pela sua situação de miséria acentuada pela seca; é animalizado pela sua condição de excluído ante a destituição de bens e de fala; explorado e enganado pelo patrão, bem como é também humilhado em virtude do abuso de autoridade do soldado amarelo, representante de um Estado ausente. Na segunda obra, na visão do opressor, tem-se um mando personificado por uma figura desprovida de escrúpulos, que exerce um domínio sobre tudo e todos que estão a sua volta, inclusive sobre a esposa. À medida que tal domínio e autoridade diminuem, porém, o personagem é levado a um estágio de decadência. ISBN: 9786586270723 | Editora: Cajuína | Autor: Adriana Furtuoso da Silva