O que faz de alguém um psicanalista? O que guia um psicanalista na condução do tratamento analítico? O que o sustenta em seu ato analítico? Lacan procura responder a essas perguntas investigando o próprio processo analítico do analista, ou seja, o que ocorre com a análise de um sujeito analisante que se torna psicanalista.Neste livro, Antonio Quinet desenvolve o conceito lacaniano de desejo do analista, que é o operador de uma análise. O analista, quando conduz uma análise, não o conduz como sujeito com suas fantasias e seu desejo pessoal decifrado em sua análise. No ato analítico sua posição difere de sua posição subjetiva, tampouco ele ali se encontra como ego com seu imaginário e os sentidos que ele atribui aos fatos psíquicos e cotidianos. O analista tampouco opera com seu sintoma (sua maneira de gozar do Inconsciente) nem com seu sinthoma (aquilo que enlaça para ele as três dimensões do espaço psíquico: Real, Simbólico e Imaginário). O analista tem como guia, leme, timão, o operador lógico que se chama o desejo do analista.