Baobás - símbolos de resistência e ancestralidade O tempo, que corre veloz como nuvens carregadas soltas no ar na estação das chuvas, tem mostrado, sem enfrentamentos, o esquecimento dos valores milenares da formação dos povos. Estamos a cada dia nos distanciando dos símbolos de ancestralidade e de identidade local. Foi sob a inspiração desses significados, tendo como foco o baobá, símbolo de resistência não só para os afrodescendentes e povos de raízes africanas, que idealizamos essa exposição. Nenhuma árvore do reino arbóreo carrega uma soma maior de símbolos, cada um inspirador de lendas e verdades para todas as gerações. Não vemos uma metáfora maior, nesta hora de tantas incertezas, separações de povos, migrações em todos os continentes, guerras entre irmãos e vizinhos, sem que o símbolo da África Negra deixe de ser lembrado: o baobá, símbolo impregnado de magia, vontade de superação. Em cada praça pública, em cada jardim, em cada escola, deveria existir um baobá, porque ele é promessa de vida. Símbolo não só de resistências do segmento negro. Além de ser um componente da cultura popular. O que será visto nesta exposição é uma pequena amostra e vontade multiplicadora de preservação de um símbolo, que também recebe o nome de Árvore da Vida, a Árvore da Saudade, a Árvore dos Abraços. Antônio Campos – escritor, autor de Pernambuco, jardim de baobás.
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