Há algo de etéreo no soar dos sinos. Lá estão eles, como pêndulos ao vento, sussurrando segredos para os que são capazes de ouvir.
O ser humano aprecia os sinos. Sinos às 6h, às 12h, à 00h, sinos natalinos de todos os tipos. Mas se eles realmente sussurram segredos, não deveríamos, nós, tentar ouvi-los? E se eles forem apenas testemunhas das nossas próprias histórias? E se, através deles, pudéssemos revelar as mais significativas confissões?
Todos nós guardamos palavras não ditas. Engavetamos versos, encapsulamos contos e engolimos as crônicas que deveríamos ter contado há muito tempo. Talvez seja a hora de encerrar este ciclo. De escrever o que escondemos e deixar que os sinos ressoem. De prometer a nós mesmos: certo, é agora ou nunca. Quando os sinos soarem, eu direi!