Os significados de morte presentes na cultura ocidental moderna talvez não sejam adequados para traduzir o que sentimos em relação a William Saad Hossne e Leo Pessini.
Podemos, isso sim, emprestar representações de outras culturas e afirmar, como no caso dos povos originários, que ambos passaram para o “reino dos encantados”.
O que admirávamos nas aulas, nos textos e nos encontros afetivos com eles hoje nos entusiasma e nos norteia na defesa da Bioética.
A sabedoria, o conhecimento e o exemplo que legaram para nós - estudantes, orientandos e orientandas, colegas de trabalho - são referências para toda a vida.
Por isso, escrevemos aqui sobre a Bioética que aprendemos com esses dois mestres, sobre as pesquisas e as diretrizes que construíram, sobre a nossa tarefa de “bioeticar”, pensando na formação de novos bioeticistas, e na de ascultar, lembrando os desafios e dilemas que pulsam nestes tempos de incerteza.
Trata-se, enfim, de um livro-tributo em homenagem à contribuição ímpar desses encantados, que permanecem eternamente em nossas mentes e nossos corações.
Denise Stefanoni Combinato
Mônica Manir