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Vozes da imprensa: Machado de Assis e a crônica brasileira no início da República

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Com grande maestria, Rodrigo Trindade evitou habilmente algumas das armadilhas dessas questões ao optar por estudar o período de contribuições à Gazeta de notícias, que vai essencialmente de 24 de abril de 1892 a 18 de fevereiro de 1897. Isto é, pouco antes da fundação da Academia Brasileira de Letras, em 20 de julho de 1897. Machado já vinha trabalhando como cronista desde o final da década de 1850, e paralelamente destacando-se tanto em contos quanto em romances: anteriores à Semana, foram lançados Memórias póstumas de Brás Cubas em 1881, e Quincas Borba em 1891. Consequentemente, estabelecer hierarquias entre os diversos gêneros representados na obra não levaria a grandes conclusões, e poderíamos facilmente inverter as indagações perguntando, por exemplo, como o talento do romancista alimentou sua excepcional série de “A semana”.