Apesar de praticamente todos os povos já existentes no mundo haverem sido escravizados (egípcios, anglo-saxões, celtas e bálticos. Japoneses, chineses e malaios. Eslavos, russos e árabes), não podemos deixar de admitir que apenas os escravos africanos não tiveram chances de sobrepujação futura. De refazerem as suas vidas. Mas por quê? Essa obra analisa a diáspora africana e suas consequências econômicas dentro e fora do grande continente, considerando os estudos dos mais proeminentes pesquisadores do assunto. Também é abordado o impacto étnico estabelecido pela composição demográfica brasileira de 4 milhões de africanos para menos de 1 milhão de portugueses, aqui chegados dos séculos XVI ao XIX. Assim, ao considerar a natural e conhecida capacidade de procriação do ser humano, posiciona-se tecnicamente quase impossível haverem brancos no nosso país sob o aspecto biológico e não fenotípico. Tal premissa teórica estabelece que no Brasil somos próximos de 100% de mestiços, inclusive ao considerar que a quantidade maior ou menor de melanina nos olhos, cabelos e pele não estabelece a real origem do indivíduo pela sua herança poligênica, historicamente construída. No que se refere aos conflitos doutrinários e existenciais, destacamos o triunvirato; ‘luta racial/cultura woke/radicalização política’. Ele forma um sistema comportamental onde os atores envolvidos nada têm haver uns com os outros (porque os escopos são díspares; diametralmente antagônicos), porém coabitam em um estranho processo de retroalimentação; como se a existência de um dependesse da vitória social do outro. E é nisso que reside o perigo para todas as partes envolvidas, notadamente na primeira estrutura que ancora o tripé: pois ela é mais crível, mais reflexiva, mais aceita e mais respeitada... quase sem rejeições pelas sociedades modernas. Em definitivo: não somos as vítimas diretas ou os algozes históricos; apenas seus ‘espelhos’ antropológicos. Juntos, haveremos de compreender e superar... ou não.
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